Tenho muitos conhecidos. Por tudo que já passei na política, os cargos exercidos, o nome vai ficando cravado até nas pedras do caminho, como também, pela profissão exercida de médico e pioneiro de Rondônia. Agora, amigos de verdade, como eu, você também, se muito bem contados – pode-se chegar a cinco. E cinco é muito. Feliz de quem tem cinco amigos verdadeiros.
Como definir um amigo?
Há a necessidade da comunhão de pensamentos, do respeito permanente. Da confiança, da confidencialidade, do prazer de estar juntos. De compartilhar sempre suas dificuldades e alegrias, e por aí vai. Os meus maiores amigos são pessoas simples. Um deles nem sabe ler e escrever, mas, por dentro, humanidade demais.
Tenho a dona Leonídia, viúva do Paranaense, mora no Vale do Anari (RO), mãe e avó, ali por perto dos seus oitenta anos. Ela me liga quase toda semana só para conversar. Fala da cidade, dos filhos, da sua saúde, estas coisas, e me aconselha sobre política e futuro. Vou ficar só com ela, como exemplo.
Todo mundo bem sabe como é a vida de político. A maioria dos que estão por perto é de conhecidos, movidos aqui e ali por algum interesse. Os meus amigos nunca me viram como político, porque todo mundo tem um campo de energia que nos ronda e circula. Os amigos, circulam neste circuito invisível de energia.
A amizade tem frequência, como onda de rádio, porque só se sintoniza um rádio quando gosta da emissora ou de um programa específico, para isto tem-se que mexer no botão até entrar na sintonia. Nós temos ondas que se propagam.
A gente não faz publicidade das nossas amizades, elas são simplesmente nossas e nos basta.