Uma crítica sem arte

Uma crítica sem arte

Eu gosto de circo. Não me pergunte o motivo. Gosto porque gosto. Gosto porque rio. O riso de boca bem aberta. O meu riso é escandaloso. Por isso, gosto de circo, de palhaço, de mágica, de encantos.

Eu gosto de música. Não pergunte a diferença de “rap, funk, hip hop”, nem me pergunte porque adoro Zé Manoel, Djonga e nem MC Fioti. Gosto porque gosto. Vou rodopiando por Noel Rosa, vou e vou, até Claude Debussi em Clair la Lune.

Fico imaginando o valor patrimonial da arte. Arte como alguma coisa acima do nosso controle. E não sei lhe dizer se a literatura é também considerada arte. Sou um crítico de arte, no modelo do imbecil, do acrítico, do acéfalo. Acho que por isso sou levado a sério, por nada saber, mas, de apenas, gostar, ficar absorto, assistindo a um filme, a um concerto, ao Zeca Pagodinho, Emicida.

No presencial ou numa “live” há em mim uma revolução por dentro. A timidez some. Começo a me mexer. A querer cantar também, a gritar, a bater com as mãos para cima. A arte movimenta a vida. Nivela as pessoas. Ela tem sua soberania popular. A arte, na sua diversidade, move o mundo, sempre para o lado do bem, do humanismo, da superação, até mesmo estimulando revoluções, protestos, reações eloquentes.

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