Internet não é terra sem lei

 Internet não é terra sem lei

Você já ouviu falar de desafios como o “Jogo da Baleia Azul” ou o “Desafio do Desodorante”? Infelizmente, esses nomes macabros não são ficção. São exemplos reais e chocantes de como a internet tem sido usada para induzir crianças e adolescentes a práticas perigosas, como automutilação e até suicídio. E o pior: isso está acontecendo bem debaixo dos nossos olhos, nas redes sociais que todo mundo usa.

Esses desafios muitas vezes começam como brincadeiras, mas logo viram armadilhas cruéis. Um dos casos mais tristes foi o da pequena Sarah Raíssa, de apenas 8 anos, que teve morte cerebral depois de inalar desodorante em um desafio viralizado no TikTok. A pergunta que fica é: até quando vamos permitir que isso aconteça?

Pensando nisso, propus o Projeto de Lei 847/2019, que já foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e agora segue para análise na Câmara dos Deputados. A ideia é endurecer a punição para quem usa a internet para induzir alguém – especialmente crianças e adolescentes – a fazer algo que prejudique sua saúde física ou mental.

Se a vítima for menor de idade, idosa ou tiver algum tipo de deficiência mental, a pena será ainda mais pesada. Isso é fundamental porque sabemos que os jovens são mais vulneráveis e, muitas vezes, fazem parte de grupos online em que a pressão para se encaixar é enorme. Isso pode levar a decisões impulsivas e perigosas.

Outro ponto importante: não podemos fechar os olhos para plataformas como o Discord, muito usada por jovens brasileiros, especialmente os gamers. Por lá, também circulam conteúdos violentos e desafios que incentivam a automutilação. É urgente que essas redes sejam mais responsabilizadas e que exista uma fiscalização mais rígida.

Esse projeto de lei é um passo necessário para proteger nossos jovens e trazer mais segurança para o ambiente digital. O que está em jogo é a vida de crianças e adolescentes. Por isso, espero que essa proposta encontre apoio tanto no Congresso quanto na sociedade.

Estamos falando de salvar vidas. E a hora de agir é agora.

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