O salto no escuro (uma história da pandemia COVID-19) Capítulo 53

O salto no escuro (uma história da pandemia COVID-19) Capítulo 53

Comecei a escrever este “post” (artigo) às 18h22, do dia 27 de março de 2021, sábado. Quando o sol já tinha se escondido e no céu ainda não havia estrelas. Daqui a pouco tem toque de recolher aqui em Brasília, e na noite ninguém pode circular sem motivo justo. Vou parar por aqui, para completá-lo semana que vem, depois da audiência do novo Ministro da Saúde – o quarto, no período de 1 ano – epicentro da pandemia.

Muito bem, chegou a segunda-feira, dia 29 de março e o ministro Marcelo Queiroga compareceu para a audiência pública, às 16h. E começou a falar com muita desenvoltura, transmitindo humildade, ladeado por assessores antigos e novos. E foi correndo o tempo, até completar os trinta minutos que havia lhe oferecido. Ele até achou que tinha passado um pouquinho mais.

Onze senadores se inscreveram para o debate. No entanto, todos fizeram elogios à fala do ministro, oferecendo-lhe votos de boa sorte para enfrentar o desafio de uma pandemia. E que o foco fosse o da vacinação em massa, o mais rapidamente possível. Dias atrás, no plenário, compareceu o ministro Ernesto Araújo. Foi constrangedor o quebra-pau, e ele ouviu de corpo presente (ou como se diz, “na lata”) clamores dos senadores para que renunciasse, pois ele estaria dando muitos prejuízos ao país. E não deu outra. Renunciou mesmo.

Mas o Marcelo Queiroga saiu-se muito bem. Recebeu apoio do Senado. Afirmou que teremos para o mês de abril aproximadamente 40 milhões de doses das vacinas. E até junho, incluindo abril, poderemos chegar em torno de 140 milhões de doses. O que já dará grande conforto, e, com certeza, reduziremos esta mortandade atual e a sobrecarga do sistema de saúde do país.

Enquanto a vacina não vem para todos, deveremos nos aplicar outras vacinas disponíveis – usar a máscara de verdade, com moral, com solidariedade e respeito. Infringiu – deve-se punir. Higienização das mãos, outra “vacina” disponível. O distanciamento também será necessário, mas, aqui, temos grande problema – as aglomerações dentro dos ônibus e dos metrôs. No transporte coletivo – até agora, o único jeito de se proteger – é usar máscaras duplas.

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