Confúcio Moura
Médico, escritor, cronista
educador e apaixonado por Rondônia

O abraço com solução mais lógica

Chove em Brasília toda. Tudo escuro no céu. A glória de ouvir uma bela música. E de poder sentir o que acontece. Um gole de uísque. A diversidade que se deve respeitar. Os pobres que precisam de muito ou de pouco. E não tem nem o muito e nem o pouco. A genialidade em poucos […]

De grão em grão na roça de algodão

É lindo demais roça florida de algodão. É como se fosse um céu de nuvens brancas, infinitas. Cada planta veio de um grão (semente). Eu quero dizer que o Brasil tem um longo caminho pela frente para que o nosso povo seja como uma roça de algodão. Parametrizada. Igualitária. Linda. Quero com essa introdução dizer […]

A banca de poesia

Hoje, domingo, fui à feira livre. Fui sem lista pronta. Da pamonha ao tempero, ao queijo de minas – feito em Goiás, ao repolho, à mandioca, às frutas. Fui andando no labirinto. Até achar a banca de poemas, só de poetas brasilienses. Indaguei: – cadê Nicolas Behr? – Hoje, não tenho Nicolas. O feirante de […]

A escada rolante

A escada rolante da rodoviária de Brasília está quebrada pela enésima vez. Velhos andrajos, cadeirantes, penam para subir degrau a degrau ou carregados. Acabou-se o romantismo da rodoviária. Não é mais a atração turística de anos atrás. O banheiro sujo, como sempre, o rabisco erótico na parede. Nada feito. Cadê Nicolas Behr com seus poemas […]

O idiota no restaurante francês

Nunca tinha visto falar a palavra cardápio. Ainda mais o significado dele. Meu costume, como “milico” era comer no racho do quartel. Tomar uma média de leite com café no Bar do João.  Um pão francês com manteiga. E, de vez quando, um pedaço de pudim de padaria. Lá vai o tempo passando. Evoluí muito. […]

L4 (Poesia)

Pode vir andando nas páginas frias da L4 curvando a paisagem de sombras e no caminho tem cheiros que mudam. Tem montes de papelões, latinhas e gente quase humana debaixo do relento. Pode vir andando pela L4 vistoriando certas coisas injustificáveis.  

Talvez me reencontrei no acaso

O que mais há na vida da gente são os encontros não programados. Bem como, os rumos que se têm que tomar na vida. Nada sai bem certinho, como a gente pensa que irá acontecer. Tem muitos becos, muitos labirintos que se vai entrando, quem sabe, no escuro e lá na frente, não se sabe, como […]

O salto no escuro (uma história da pandemia COVID-19) Capítulo 11

Este deveria ser o primeiro capítulo desta série. Fui amontoando ideias e terminei deixando a minha rotina para depois. A pandemia trouxe o único trunfo disponível para impedir a sua propagação avassaladora: – o isolamento social. Eu fiquei em isolamento desde março. Não foi um isolamento completo. Porque peguei mais um compromisso extra que foi o de presidir uma comissão do Congresso – que cuida da calamidade e suas consequências dentro do orçamento e do ajuste fiscal.

Eu planto em cada canto

Eu tenho o meu hobby. Acho que todo mundo tem o seu também. E não é só um, são vários.  Por serem vários, vou contar o meu prazer em plantar árvores frutíferas. E isto vem de longe. Ninguém nunca me pediu para fazer isto, mas, faço por onde moro, por onde ando.