Estilo e vontade

A medida que o tempo passa, vai se percebendo que  muito pouco se sabe da vida e das coisas. E, nada melhor para medir essa  limitação do que  ler um jornal inteiro. Quando se chega ao final, depois de olhadelas nos painéis, nos artigos, nas fotos, nas propagandas, obituários e festas, aí sim, pode-se perceber a amplitude do universo.

Fico sentado no Plenário do Senado ouvindo os debates políticos sobre projetos, críticas e apoios, defesa de ideia. Um oceano rola na atmosfera política. Vejo a força da convicção do pensamento. Do que cada um imagina sobre o seu fragmento de contribuição. E de tudo aquilo que pode se reverter em benefício prático, lá em cima ou lá embaixo, na diversidade das pessoas.

E tudo é pouco. E tudo é lento. E tudo tem o seu tempo certo. E que as coisas, precisam antes do resultado efetivo, serem carregadas de uma energia invisível, que vá enchendo balões, balões e mais balões, para poderem voar. Enquanto, não sobe de verdade este balão necessário, o nosso país, vai escorregando na gamela, na banguela, no tobogã, parece que brincando, numa infância eterna.

O conhecimento é pouco. É verdade. Mesmo assim, somando os palitos de fósforo de cada um, será mais do que suficiente, para se fazer o que deve ser feito e dar “banana” para o tempo certo. Porque o tempo certo – é o agora.