Poderia a Independência do Brasil ter acontecido antes ou depois do 7 de setembro de 1822. Já se vinha urdindo este desejo ao longo do tempo. Não é nada bom ser colônia de outro país e ficar sujeito às suas leis e regras. Não se pode festejar a Independência sem se lembrar da Inconfidência Mineira (1789) e sacrifício de todos eles, inclusive, a morte de Tiradentes (21/04/1792). E muita gente anônima que a história não registrou.
A Independência deve ser comemorada. Fico aqui, depois dos 200 anos livres, imaginando como elogiar ou como criticar este período, sempre, procurando encontrar culpados pelo nosso atraso, mesmo vivenciando formas de governos diferentes, Monarquia e depois a República. Melhor ficarmos com os agradecimentos por sermos um país livre.
Este tempo passado há de nos servir de lição. Pelo que não fizemos pelo nosso povo e também, as boas tentativas de acertos, que não foram continuadas e a história soterrou. Ainda é tempo e não se pode desanimar. Há um “cipoal de arranha-gatos” à nossa frente, como um labirinto que teremos que nos descobrir a saída, como nação livre. Ir tirando da frente os obstáculos, que são conhecidos, dentro do debate democrático, para que outras gerações possam viver mais dignamente que o momento presente.
Para ser livre de verdade, há necessidade da inclusão educacional, da libertação de grande parte do nosso povo das trevas da ignorância e do analfabetismo. Precisamos da independência educacional e fazer valer o que diz a
Constituição brasileira – todos nascem iguais em direitos e deveres. E é dever do Estado educar o seu povo.
A Independência chegou, a escravidão continuou por mais 66 anos (1888). A República chegou (1889) e a exclusão continuou até a presente data. Vamos em frente, é possível avançar e o nosso país, rico e extraordinário, não poderá esperar por mais 200 anos, para que este sonho aconteça.
Tudo de bom poderá acontecer em nosso país, desde que se tenha esta meta – educação de qualidade para todos, com esta bandeira hasteada, para todos os líderes do futuro, com as divergências que a democracia nos reserva, com certeza, seremos um país verdadeiramente livre e que tenha valido a pena, os sacrifícios de muitos idealistas, o sangue derramado de alguns.
Viva a Independência do Brasil!!!