No capítulo 1, eu falei do Zé Luiz e o solo-cimento. Agora, é diferente, em Cacoal. Ele foi aprendendo a fazer asfalto de ouvido, puxando conversa aqui, mexendo ali, testando acolá e ainda segue inventando. Você pode ver aí como ficou a Avenida Almirante Barroso, com sua nova capa. Quem diria!
A receita é o tratamento da base. A receita do bolo é: -seis conchas de cascalho meio argiloso, meia concha da carregadeira de calcário. Mistura e deixa no ponto de base para compactação. O ponto de umidade da massa: -pega na mão, aperta, faz um bolo e solta no chão. Quando esfarelar, aí sim, o ponto está certo.
Limpa bem a rua, no trecho que será pavimentado. Não pode estar sujo e nem seco; úmido. Tapa os buracos. Sedimento com rolo pneumático ou com os pneus de um caminhão meia carga. Aí pode chover dez dias em cima dele. Se der sol, molhe três vezes ao dia.
Quando ele tiver meio roseado, significa que o calcário subiu e pegou esta cor. Aí sim está curado.
– Pensa numa coisa fantástica! A gente tem feito aqui no Cacoal para salvar a cidade desta buraqueira.
Aí é só lançar a massa por cima. Pode fazer um perfilamento, o TSD ou CBUQ. Qualquer coisa que lançar em cima, ele não vai ceder de jeito nenhum. Trinta horas de cura e molhar ou chover.
Se der “borrachudo”, não tem problema, ele vai se curar sozinho. Com o calcário e o cascalho, eu eliminei o CM-30. E pode jogar o TSD depois de quatro horas e meia. O serviço é barato e fica pronto. Tem que ficar bem nivelado porque, depois, nem patrol consegue raspar, vira um aço.