Entre dois objetos, mesmo que unidos, há sempre um espaço. Entre o pensamento e a palavra há sempre um espaço. Entre o querer e o poder há sempre um espaço. Estes espaços podem ser concretos ou podem ser, apenas, descanso do pensamento.
O poder político sempre exerceu imenso fascínio sobre o ser humano. Poder de influenciar o destino das pessoas. Este sempre foi o fundamento principal das guerras: submeter o homem ao domínio de outros. Escravizar. Prender. Matar. Porque o poder tem necessidade de mais poder.
Quem assim pensa e age tem como base os impérios, o desejo de ser amado, bajulado, aplaudido, ornamentado, paramentado. Por mais “esfrangalhado” que esteja o povo, pelo medo e outras razões, há sempre por debaixo do monte de serragem um fogo surdo, em que não se vê fumaça, abafado, mas capaz de queimar.
Ahhh, Brasil!! Se sorte tivermos, se bênçãos como estrelas faiscando sobre nós, em trinta anos seguidos, presidentes, governadores e prefeitos trabalhassem as soluções dos nossos problemas crônicos, um por um, aí sim, a nossa Bandeira tremularia com mais solenidade. Traria para suas cores vivas um respeito internacional, seria a refundação do nosso país, tendo como base e princípios a justiça social e a dignidade do nosso povo.