Estou em plena pandemia. E muita coisa tenho observado nessa travessia, ainda incerta. As minhas despesas caíram muito. O cartão de crédito baixou dez vezes menos. Então, concluí que a pandemia tem mostrado que se pode viver com menos. Passei a usar as mesmas roupas, gravatas e cuecas. Nem pensei em comprar nada novo.
Até parece que estamos voltando aos tempos da “média” de café com leite, e pão com manteiga, que tomávamos todos os dias, no Bar do João, em Goiânia (Bairro Popular). E depois não tinha nenhum lanche no entremeio com o almoço. Até a comida, aqui em casa, está bem mais caseira. Não peço nada por “delivery”. Já aprendi a fazer um bife. Até um chambaril. Cuscuz. Tapioca.
O coronavírus está regrando a vida. Os cantores e artistas estão se reinventando em “lives”, que é um sucesso. O comércio fechado está dando um jeito de “se virar” fazendo entregas em domicilio.
Aprendi muita coisa de tecnologia, principalmente, as plataformas para videoconferência, mas apanhei pra burro. A pandemia deu uma sacudida forte na educação. Escolas estão fechadas, diretores e professores, e pais, aflitos. E foram inventando modelos à distância de aulas. Por conta própria.
Dá para se perceber, que de agora em diante, todo aluno deve ter Internet em casa. Assim como um celular de boa qualidade. Os governos devem se voltar para essa necessidade. A pandemia escancarou, pelo menos aqui no Brasil, a imensa desigualdade de renda. Foram descobertos brasileiros invisíveis. Como se não fossem cidadãos, sem lenço e sem documento. Como se diz: “um país de rodados”.