Toda cidade média no Brasil sempre se alegra com os candidatos a prefeitos que falam que irão trazer novas indústrias para seus municípios. Acho que estão iludidos com isso, pois a indústria nacional está com sua capacidade reduzida. Há alguns anos que a indústria nacional perdeu a sua capacidade, em grande parte, de competir com o mundo, principalmente com a China e outros países da Ásia.
Vamos dar uma olhada no Estado de Rondônia. Você não precisa ir longe para observar que os laticínios do Estado estão muito bem estruturados, mas faltando leite para que funcionem plenamente.
Você pode rodar o Estado e verá muitas indústrias, de outros setores, montadas, muito bem equipadas e funcionando com capacidade mínima. Tanto na madeira, como no café, no cacau, na mineração, e por aí vai.
Até mesmo frigoríficos. Quantos têm no Estado, plenamente construídos e fechados? Outros foram construídos e nem chegaram a ser inaugurados, então, não dá para prometer mais e novas indústrias. Dá sim é para aumentarmos a produção das matérias-primas, como leite, café, cacau, bois confinados, minerais. E, assim, lutarmos para a não saída do Estado na forma bruta.
Indústrias já temos muitas. Outras que vierem deverão ser criadas nas áreas ainda não exploradas, como as de tecnologia e indústrias da biodiversidade regional (bioeconomia).