Qual é mesmo a grande lição desta pandemia?
Pelo que vejo de mais palpável – é dor, medo, sofrimento, doença, morte. Além do mais, crise de desemprego crescente, endividamento de todos os países. E queda dos PIBs (produtos internos brutos).
Lendo por aí se vê, que atrás dela virá muita lição importante para a humanidade. Sei lá. Quais serão estas lições? Ninguém sabe. E ao mesmo tempo todo mundo imagina saber, o que virá depois. Solidariedade universal, líquida e certa. Duvido. Se vier esta solidariedade sob a forma da vacina já será de grande valia. Sem reserva de mercado, porque estou vendo uma corrida de Fórmula 01 para quem produzirá a vacina primeiro. Sabe por quê? – Para ganhar rios de dinheiro. A grande dúvida sobre o futuro deve ter o mesmo sentido e expectativa quando no Brasil reinava a febre amarela, no início do século XX.
No mais, é que cada país se ajeite como puder. E tome o seu próprio rumo. Eu não vejo a menor condição de prosperidade sem a preparação da juventude pela educação. Pode ir fazendo o tapa-buraco como “Durepoxi” nas várias crises que temos em nosso país. Que são conhecidas e cronificadas. Se não fizermos este basal de ações necessárias, digo-lhes – que milagres não haverá.
Não acredito em “novo normal”. Isto é conversa pra boi dormir. Alguns rumos já estão desenhados – como a defesa do meio ambiente, que as empresas desconfiaram agora e estão procurando a certificação e a rastreabilidade dos alimentos.
A pandemia do coronavírus veio num solavanco do tempo, com a imprevisibilidade das pandemias, justamente num momento que o mundo já não se entendia bem, como exemplo, o drama dos refugiados, a polarização religiosa, o racismo estrutural no mundo e a chegada de governos direitistas. Tudo isto virou um nós que precisa ser desatado. A COVID-19 entrou como uma mão de pimenta neste pirão.
O que mais se pode esperar de bom, que seja uma boa vacina. Barata. E que realmente proteja a humanidade contra o vírus? – O restante, somente o tempo dirá.