Estou escrevendo uma série sobre o ano da graça de 2020. Ano da graça que veio atormentar o Homo Sapiens. A humanidade saiu da zona de conforto. Ou da zona de desconforto. Mas, até aí, tudo mal. Porque a COVID-19, que iniciou pelos ricos, aqueles que andam pelo mundo, foi pouco a pouco pegando os que já têm o pesado fardo de carências – os mais pobres.
Hoje, data que escrevo este post, dia 7 de outubro de 2020 – o que posso lhes dizer é que a juventude foi extremamente atacada pelo pavor da doença e por suas consequências. Como também pelo desemprego e pela falta de oportunidade. Já se passaram sete (7) meses que o vírus campeia pelo mundo. As escolas, somente agora, iniciam protocolos de abertura – aqui no Brasil e no mundo inteiro. Um abre e fecha, naturalmente, porque nada se pode dizer que seja definitivo. Porque ninguém sabe nada se o vírus está vivo no meio do povo ou se já foi embora.
A escola artesanal está com seus dias contados. E todo o mundo está se reinventando a partir do zero. Isso é simplesmente péssimo. Porque começar do zero é muito difícil. Cada escola do Brasil deve ter por base alguma coisa que já exista, para que possa ajustá-lo ao seu interesse.
O casamento está anunciado entre o antes e o depois da pandemia. A refundação da escola com vários braços: a tradicional (artesanal), de quadro negro e giz. E a outra, com tecnologia. Uma e outra terminarão sendo apenas uma. A escola deverá abrir a sua boca de jacaré para engolir a tecnologia.
Acredito que chegou a hora de menino ensinar menino. Porque esta geração “Z”, dos nascidos depois de 1990 até 2010 – estão nas escolas. Uma esmagadora maioria tem domínio dos computadores, jogos, mensagens e plataformas. Tem imensa facilidade no manuseio das ferramentas tecnológicas. Com certeza, eles poderão ser contratados como monitores para ensinarem os alunos das séries iniciais, e até mesmo os adultos do programa de educação de jovens e adultos (EJA).
Agora, a escola só tem um caminho – ou pegar ou morrer. E a volta às aulas, por completo, não se pode dizer quando, imagino que seja um processo gradual, seguro, progressivo. Nunca mais será o monólogo de um professor ficar à frente de uma sala dando aula de 60 minutos. Não.