(Este artigo foi escrito em 12 de julho de 2009 – não mudo nada. reescrevo-o hoje 20.06.2021)
Só a educação é o poderoso instrumento de se combater a injustiça. Só e somente só. E mais nada. Nesse quesito, sou radical e não abro.
Por mais esforço que se possa fazer, por mais dinheiro que se possa gastar, a educação brasileira como está, no geral brasileiro, do Rio Grande do Sul ao Amapá – nada mais é do que se jogar dinheiro na lata do lixo. É o gasto mal gastado. É o tempo mal usado.
É fingir que se ensina e fingir que se aprende. Embora, a bem da verdade, o gasto de energia é grande, o esforço existe, mas dentro de um sistema precário. Pouco ou nada muda. E assim o país segue no reco-reco, no solavanco, no discurso vazio, como um grande plantador de safras de gerações perdidas.
Como tudo é um sistema plenamente inconsciente, como os planetas que giram em torno do sol, a educação também tem o seu movimento translação. Por ele seguirá assim até o fim dos tempos. Será preciso um “big bang” educacional, na base da teoria da desconstrução (Jacques Derrida) para peça a peça poder-se reconstruir um novo sistema.
Não fico com nenhum vexame de dizer essas coisas, porque estou convencido e certo. Só com uma revolução poderemos mudar essa pasmaceira geral e abrir os braços deste país e dizer bem alto “venha pra dentro, meu filho”. Chamar os meninos brasileiros pra dentro do Brasil. Não basta a criança ir pra escola. O professor também deverá voltar à escola. Assim, os dois voltando a estudar e aprender os rumos da educação, recomeçaremos por uma nova ordem.