O MDB (Movimento Democrático Brasileiro), por ser um dos partidos mais antigos, deve dar uma guinada espetacular, mais ou menos, como os artistas do Circo de Soleil fazem. Coisa que parece impossível de o ser humano fazer, no circo é feito e bem feito.
Assim, o nosso partido já cumpriu as fases da história que exigiu coragem e determinação. E fez bem feito o que precisava ser feito. Passado o tempo, o MDB se contentou em ser um partido sem unidade, quase sempre, apoia um candidato aqui, outro ali, mesmo de outro partido, que não tenha nada a ver com o nosso estatuto e vai fazendo composições a “deus dará”.
Termina virando uma sopa de letrinhas, que basta dar um estalido de dedos e lá vai o MDB atrás, por qualquer que seja as oferendas. Do outro lado, um partido com seus “caciques”, que não mudam, enquanto vivos, nem que a vaca tussa.
Assim não dá.
Todo mundo está vendo a crise da democracia no mundo e mais intensamente por aqui (Brasil). O povo clamando por um discurso que venha de encontro às suas necessidades reais. E nada acontece na prática, para que as pessoas se sintam bem.
Pois bem, o que estamos vendo nas favelas brasileiras, a luta criativa pela organização das comunidades, de tal forma, que um ajude o outro, e que o favelado deixe de se sentir vitimado e passe a ser um brasileiro orgulhoso, criativo, empreendedor. Eu li dias atrás que a solução para o Brasil pode vir das favelas. Por suas lideranças e organizações da sociedade civil.
Temos que dar uma guinada. Não é fácil dar esta guinada de 180 graus. Em todos os sentidos. Buscando gente nova. Porque tem por aí, gente valorosa, idealista, procurando um partido político que os acolha e que aceite a divergência.
Creio que o momento é este. Não havendo mais coligações, o MDB deve lutar para formar suas chapas puro-sangue. Formar um discurso novo. Capacitar novas lideranças. E abrir os braços, com um programa de governo que possa ser seguido pelos seus filiados, vereadores, prefeitos, Governadores, enfim, a todos os políticos -novos e velhos – para um propósito, de longe falado e nunca colocado em prática, que é o de encaminhar o país num rumo ao crescimento econômico e social, como se diz: “desenvolvimento sustentável”.