Vem aí à frente, a campanha eleitoral de 2022. Muitos temas irão ao debate. Muitos. Um deles será o de desenvolver a indústria nacional. Quero ver o que os candidatos irão falar, para ir bem atrás, onde a indústria era extremamente importante na composição do nosso Produto Interno Bruto (PIB). A indústria nacional tem minguado. Ela é primordial para geração de empregos.
Quando se fecha uma indústria, gera-se um abismo de dificuldades para as cidades. Enfim, para a nossa economia. Limita-se a capacidade de inovação e de produção tecnológica.
O agronegócio avança a cada ano. Representa com orgulho o Brasil no mundo. A mineração também. O agro veio do apoio da EMBRAPA nestes últimos 50 anos. E tem crescido. Modernizado. Produzindo mais a cada ano.
Creio que chegou a hora de se analisar a situação da indústria brasileira. Quais foram os gargalos que travaram o seu crescimento. Será que foram os incentivos fiscais, a dependência do Estado? A carga tributária elevada? A baixa produtividade? A não renovação do parque industrial? A produção dela voltada para o mercado interno? A logística dos transportes? O emaranhado de leis e regras que impedem o crescimento? A influência da China na produção barata de muita coisa? Qual o tamanho do PIB ideal que a indústria deve ocupar para se manter competitiva?
Como não sou especialista no assunto, apenas um simples observador, e, de quando em quando leio um artigo bem escrito por articulistas. Acho que o assunto é complexo e termina que a cesta de travas para o crescimento industrial venha de cada item interrogado acima. Será preciso modernizar o país. Deixar o mercado trabalhar. O Estado como mero regulador. Desobstruidor das vias congestionadas. Ir limpando os entraves. Esse é o liberalismo que desenvolve e inclui. O resto é conversa para boi dormir, com o perdão do trocadilho.
O Estado precisa descer do pedestal. Deixar de atrapalhar a indústria, ou tratá-la como patinho feio. Fazer o que deve ser feito na prática. Para isto, será preciso ouvir, dialogar com empresários e trabalhadores. Deixar a soberba de lado, e, em torno da mesa, com lápis e papel, ouvir e anotar as sugestões. A partir daí, estabelecer um plano coerente para o crescimento, tal qual foi feito com o agronegócio e a pecuária. Isso pode ser feito também pelos estados, a partir de suas realidades.