Rondônia é de Rondon. Masculina e feminina. Como Ariquemes é do Misael Bezerra. Como eles têm muitos outros que fizeram da dor esta poesia, escrita com suor vermelho.
Lá vem Ezequiel subindo o barranco do rio, ele que foi noteiro de garimpo. Nem sei como Cícero Cabeça de Pato fazia se mexendo nos seringais e Manuel Ruiz marretando mercadorias.
Bairro Marechal Rondon continua no mesmo lugar, com seu povo descendente e orgulhoso. As casas de madeira, a palafita de paxiúba, o ouriço de castanha, telha eternit, o poço com sarilho, o mosquiteiro na noite e até no dia.
Quem diria que um dia pudesse subir a rua, de Ariquemes, como se tivesse em Nova Iorque, a nossa New York, New York do Norte.