Ano passado, não me lembro, exatamente, dia e nem mês, que conversei com a jovem Txai Suruí. Ela compareceu com seu irmão à sede do Diretório Regional do MDB. Fiz o convite para que ela fosse candidata a Deputada Federal pelo meu partido (MDB). Ela é de Rondônia e entraria com o discurso da causa indígena e preservação do meio ambiente.
Ela agradeceu o convite. Não aceitou. Justificou-se por ter abraçado a causa da juventude indígena no país e trabalhar na ONG Kanindé, que é dirigida por sua mãe, Neidinha Suruí. Não foi longe, ainda em 2021, fim de outubro/início de novembro, a menina representou o Brasil na abertura da COP26 – Conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, em Glasgow (Escócia). Falou em inglês. Agradou o mundo. Hoje, respeitada articulista de jornais de grande circulação nacional. Tudo isto, num espaço de tempo de 1 ano.
Txai acertou de cheio. Claro que pode ser mais útil ao país, fazendo o que está fazendo: – denunciando todo oceano de hostilidade que os índios brasileiros têm sofrido desde o descobrimento. Ela, hoje, é meu orgulho máximo. Orgulho para o Brasil. E com a sua juventude e inteligência há de marcar a história do nosso país: – o de promover a justiça aos índios, como os primeiros ocupantes do nosso território e promotores do equilíbrio entre o homem, suas necessidades e a preservação ambiental.