Há um ano se fala que o Brasil piorou. A desigualdade social e econômica se agravou. E com isso, a miséria extrema e a fome também. A fome é uma péssima marca para um país. Significa que a distribuição da riqueza não está acontecendo. Pode-se vangloriar de outras coisas – que são importantes, como a produção do agronegócio, que nos enche de orgulho. O carnaval que anima e esconde nas fantasias o outro lado do Brasil. Um Brasil alegre e em festa. E o outro, escondido na miséria.
Isto tudo para se arrumar depende da política séria, de se pensar o país de maneira planejada. O Brasil não gosta de planos. E quando faz um plano logo esquece. Não passa de quatro anos, o país esquece as boas políticas. Maioria dos parlamentares se contenta com um trator para o município. Com estas atitudes paroquiais, pobre Brasil. A prioridade agora, com governo novo, se quiser ir para história, como estadista, é resolver em primeiro lugar a situação da miséria.
O Programa Bolsa Família é um bom começo. Mas, precisará de outras ações, como diz a Marina Silva – mais transversais – envolvendo todo o Governo – enquanto, se pensa no curto prazo, no médio – vamos incluir na transversalidade – a educação, como um fator de desenvolvimento e inclusão, mas, não só no papo furado, mas no compartilhamento das ações, nas avaliações, na quebra da coluna vertebral da mesmice crônica. Isto tudo não será difícil, basta vontade política e envolvimento verdadeiro da sociedade civil.