As novas gerações

As novas gerações

A gente, olhando a vida na Terra, o homem na Terra, observa que quem nasceu, como eu, na década de 40, fica abismado com o que se vê hoje. Mesmo aqueles que nasceram na década de 50, 60, 70, 80, não conseguem se situar muito bem no mundo moderno. As tecnologias vieram com uma força extraordinária.

No meu tempo, a gente brincava na rua correndo com um brinquedo que a gente mesmo fazia. Passava o dia brincando, andando pelos matos, subindo nas árvores, jogando bola, e hoje vê os meninos no sofá, grudados no celular o dia inteiro, e se os pais deixarem, passam a noite. Não têm mais aqueles contatos socializantes com outros meninos, a não ser nas escolas. Mas até lá, se permitir, eles agarram no celular e esquecem o recreio.

Isso é o preço da evolução natural da tecnologia, de uma nova mentalidade, de um novo ser humano completamente diferente. Por isso tudo a gente paga um preço elevado.

Essa tecnologia veio numa velocidade estrondosa, como uma avalanche, um grande furacão, que realmente mudou a cabeça das gerações. Principalmente para essa geração chamada Z, que é essa meninada que está aí, na adolescência, e os mais novos.

Mas nós temos que pensar na geração atual e preparar o mundo para a geração futura. Mas será que nossa cabeça está com o pensamento em quem vai nascer ainda? Não! Nós estamos pensando só no agora.

 

E a humanidade, por mais que a gente tenha tecnologia, que a gente tenha conforto, o homem continua o mesmo. O homem continua promovendo guerras e fazendo matanças. Antigamente, as guerras eram frente a frente, com batalhas campais; homem contra homem; o escudo e a flecha; um diante do outro, o cavalo, o comandante, o imperador na frente, liderando. E hoje. as guerras são distantes, invisíveis. A gente é surpreendido pelo míssil, pelas bombas que caem. Então a humanidade evoluiu, mas a um preço muito alto.

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