A Ponte sobre o Rio Mamoré há muito vem sido reclamada, como indispensável para integração entre Brasil e Bolívia. Os livros de Miguel de Souza e Luiz Tourinho já falam da importância dela, como alguma coisa real e necessária, não só para a cidade de Guajará, como para a Rondônia inteira e consequentemente, o Brasil.
A partir de 2007 houve o despertamento de que ela seria construída. Todos sabem como é que é uma obra pública grande, como ela é. Só sai se houver uma decisão política firme de fazer. O pensamento de quem decide deve ser grande, e pensar na importância dela para as boas relações comercias com os países vizinhos, como também, para as exportações via portos do Pacífico.
Deixemos de lado os “supositórios” e vamos aos “finalmente”. O bom é que já existe o PROJETO BÁSICO e o PROJETO EXECUTIVO dela. Normalmente, um projeto de engenharia desta dimensão se gasta dois a três anos. Está feito. Quanto custa a ponte? – Entre 350 a 400 milhões de reais. Tem dinheiro para iniciar a construção dela? – Não.
Quais os meios que a bancada federal inteira deve fazer para que a ponte possa sair do papel? – A fase inicial é convencer o Ministério dos Transportes para remanejar 50 milhões ainda este ano, para abrir o processo licitatório para se contratar uma empresa. Só para abrir o processo. Ano que vem teremos menos recursos nos ministérios. Este ano de 2023 com a PEC da Transição foram aumentados em 22 bilhões os recursos do Ministério. E para Rondônia foram aumentados 400 milhões. Que serão suficientes para manter a BR-364 trafegável.
Então, a única saída que teremos é o de incluir a Ponte de Guajará-Mirim nas obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que o Governo deve reativá-lo ainda este ano. Eu já estive na Casa Civil do atual Governo levando esta proposta.
Na primeira reunião da bancada que tiver, quero propor que todos os parlamentares juntem nossas energias com a mesma finalidade. Porque nenhum isoladamente conseguirá a construção da ponte. Só sai com a nossa força conjunta e a imensa torcida do povo rondoniense para que tudo aconteça. Senão, será outra epopeia, como a Ferrovia Madeira-Mamoré, que atravessou o Século XIX e entrou no Século XX, só saiu graças ao conflito da integração do Acre ao território brasileiro.