Tempos difíceis, mas também oportuno para debruçarmos em novas aprendizagens. O cenário atual trouxe uma nova significância às famílias sobre o papel e a importância da educação. Os pais, salvo exceções, nunca reconheceram tanto o valor do papel do professor na mediação entre o que se ensina e o que se aprende. Nunca foi tão real perceber como o momento na escola deve ser aproveitado, instigado e valorado.
Quero crer que, a partir desse contexto, a nossa educação passe a ser vista em sua totalidade e, não apenas “olhada” com menosprezo, com transferência de responsabilidade, inversão de valores, mas sim, família e escola unidas para fazerem a diferença na vida educacional e sócio afetiva dos nossos alunos.
As adaptações na quarentena chegaram e o que sentimos foi apenas cansaço na rotina de assumirmos o papel da diarista, a função do motorista, da cozinheira, do psicólogo, enfim, não foi difícil adaptar, mas do professor, essa figura, é imprescindível.
Sentimos necessidade das suas orientações, dos conteúdos a serem estudados, da sua paciência, das explicações, das diversas estratégias para promover a equidade entre os alunos, da metodologia, do leque de possibilidades que ele disponibiliza e compartilha cotidianamente por obter formação e conhecimento.
Sim, vai passar, como tudo que há de bom ou ruim, isso não irá eternizar, mas esperamos um novo tempo, com novo olhar, de gratidão, de valorização, respeito para aqueles que dedicam sua vida em formar cidadãos para construção de um mundo cada vez mais justo, igualitário e solidário.
Texto: Ana Paula Rutzel – consultora educacional.