A primeira vez que vi falar e assistir sobre a “queima do alho” foi na Festa do Peão de Barretos. Festão de arromba. Eu achava que a queima do alho seria queimar um monte de alho. Nada disto. Uma homenagem saudosa aos tropeiros do Brasil (de todas de antigamente), com sua culinária típica e de rápido, fácil e tradicional costume culinário – o arroz de carreteiro, assados de costelas, temperos picantes e mais algumas misturas.
A Avenida Tancredo Neves em Ariquemes, no dia 22 de julho, ficou em toda sua extensão demarcada. Pedaço a pedaço. Barracas com nome nas placas. Caixas de som de alta potência. Barracas para dormir. O que significa demarcação de território. E todo mundo por ali, animado, rebolando, tomando uns pileques e se soltando. Isto tudo, para comemorar a festa do Peão que iniciou esta semana. A novidade pra mim foi a “queima do alho” que ainda não tinha visto por aqui. Mas, chegou. Assim se completou a festa.
Nas lojas quase já não se acha chapéu de caubói, nem as camisas listradas, botas e cintos. A cidade veste a roupa do peão de boiadeiro. Bilhetes para a festa não são baratos. No entanto, é a semana de estourar por completo o orçamento. Pegar dinheiro emprestado e desfilar pelas alamedas do parque.
É um desfile. Ali, é o suficiente para ficar, simplesmente, sentado num banco e ver o espetáculo acontecer. A mulherada linda de morrer. E de resto, todos vocês já conhecem, os shows com os sertanejos mais famosos do Brasil. Depois da festa vem a ressaca. Pagar as dívidas. Mas, está tudo bem. A felicidade e a alegria não têm preço.