Em 2016 resolvi (como governador do Estado) consolidar todo o meu pensamento, nas metas e desejos para melhoria da educação no Estado. Depois de ter enviado em 7 anos mais de cinquenta páginas de mensagens aos Secretários. Que foram cinco
- EDUCAÇÃO RURAL – A educação rural, principalmente, a competência do Estado nunca foi levada a sério. Já vi em Ariquemes, aulas ministradas numa baia de um curral. As soluções são as parcerias com os municípios. O Estado ajudando as prefeituras na melhoria das escolas rurais. E outras parcerias necessárias. A MEDIAÇÃO TECNOLÓGICA bem estruturada será uma ótima solução. No mais, é o fortalecimento das EFAS (Escola Família Agrícola), Abaitará, parcerias com os Institutos Federais de Educação, trazer meninos da área rural para a cidade, com distâncias de até 30 km. Focar também a profissionalização. O Governo tem que melhorar o EM rural.
- FOCO EM MATEMÁTICA E MUDAR O MODELO DA AULA – eu acho que se deve reduzir o tempo de aula. Uma hora é muito tempo. Ou se for o caso, mudar o modelo de ensinar e aprender. Eu acredito que o estudo em grupo. Com os alunos em torno de uma mesa discutindo o mesmo assunto. E o professor tirando as dúvidas surgidas.
- O foco das nossas escolas desde a creche deve ser matemática, ciências biológicas e a língua portuguesa. As outras disciplinas serão optativas.
- Merenda deve ser adquirida da agricultura familiar. Encontrar todos os mecanismos legais para que isto aconteça. O PAA é fantástico, a escola não precisa gastar dinheiro com merenda. Pode vir este dinheiro do Governo Federal e também de programas estaduais. Eu criei no Estado o PEALE – um programa do peixe na escola visando a dois objetivos: melhoria da qualidade da alimentação escolar. E o segundo – aumento o consumo do peixe no Estado que é um grande produtor.
- Planejar a melhoria das estruturas escolares nos próximos anos. As escolas estaduais são ótimas, mas, já está na hora da manutenção delas de maneira descentralizada.
- REPETÊNCIA E EVASÃO: com o baixo aprendizado. Produção em série de analfabetos funcionais, o Brasil não tem futuro. A qualidade é péssima. E somado a isto a enorme evasão e a repetência. Eu já tive crise de ira, e falei o seguinte como desabafo: – para se ter uma educação desqualificada com a brasileira, melhor seria, pegar todo o dinheiro do MEC, Estados e Municípios e se fizesse uma fogueira de São João só com este dinheiro. Queimar o dinheiro. E soltar os meninos na rua. Quem sabe, uma parte dele se comprar um smartphone para cada aluno. Com certeza, aprenderão muito mais. Sozinhos e na rua. O prejuízo é enorme para os cofres públicos com a evasão e a repetência e o não aprendizado dos alunos.
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