BRASIL AZUL
Pegue na mão do Brasil e o puxe para fora. A correnteza é forte e vai arrastando. E ele sobe e afunda. Se ninguém o socorrer, vai morrer mesmo. O Poeta (não sei o nome verdadeiro dele), que quase morreu afogado no Rio Branco, ali em Ariquemes, me disse que a morte é azul. Eu não sabia que a morte era azul. E foi mais além, “um azul incrivelmente luminoso e lindo”. Falei – “pode ficar pra você, poeta, com sua morte azul”. Ele se salvou do afogamento, agarrando num cipoal da margem.