Os catadores de lixo – ou melhor, os catadores de luxo – expõem suas pobrezas nos latões da cidade: mãos limpas, madrugadas chuvosas, portas de bares, ruas, descartes das lojas. Lá estão eles, fazendo um trabalho extraordinário, ambientalmente necessário para o bem de todos. São invisíveis, sobrevivem das ruas, realizando um serviço de utilidade pública por conta própria, promovendo uma economia viva e próspera.
Ainda não foram reconhecidos pelos prefeitos para serem contratados na limpeza pública, nem seu trabalho transformado em energia do futuro – o biometano. Além de gerar empregos de qualidade na economia circular, fariam o lixo retornar às prateleiras das lojas. Bem que um deles poderia ser premiado com o Nobel de Economia no ano que vem.