O Brasil é avesso a reformas. Tem medo de reformar e ficar pior do que é ou era. Porque o Brasil é um país complexo. Fez algumas opções para ser fechado ao mundo. Como se quisesse ser uma ilha encantada e só. Poderá ser ativada duas propostas de emendas constitucionais que trata de reforma tributária. Elas vêm rolando há anos. Nem para a frente e nem para trás. Mas, que precisa ser encarada, porque a maior injustiça é a tributação da pobreza.
Pobre paga mais imposto que rico. Pobre não tem jeito de sonegar. Como sonegar na compra do pão, do arroz, do feijão? A nova reforma deve ser justa. Um sistema progressivo, quanto mais renda tiver, mais se pagará imposto. Os créditos fiscais para os pobres, na forma de transferência de renda, devem continuar, como uma medida de salvação deles. E um incentivo para quem quase nunca tem recebido.
Outro fator importante que deve ser encarado são os incentivos fiscais para corporações. Os indivíduos ricos quase sempre são beneficiados sem um acompanhamento permanente dos resultados dessas vantagens. Ficam como se fossem prêmios para quem não precisa. O novo sistema tributário deve eliminar esses privilégios, além de rever a legislação para as pequenas empresas e para os trabalhadores autônomos.
A pressão será grande sobre o Congresso, muita gente não quer reforma de jeito nenhum. Claro que não querem, porque vivem de benefícios e carga tributária branda, quando não sonegam descaradamente, sempre na expectativa de ações judiciais que são levadas por anos, sem definição. Vamos entrar num vespeiro. Mas, temos que entrar nele.