Realidade sobre a agricultura familiar em Rondônia

Realidade sobre a agricultura familiar em Rondônia

Eu rodei alguns municípios de Rondônia no mês de janeiro e observei que a agricultura familiar no estado está ainda profundamente desorganizada, principalmente nas comunidades extrativistas, ribeirinhas, que estão muito abandonadas. A gente as chama de comunidades isoladas.

Nesses locais, está faltando a chamada teoria da organização. Até porque o cooperativismo tem que realmente movimentar as consciências dos prefeitos e do governador do estado de Rondônia, no sentido de encarar essa preparação para uma revolução, para uma grande mudança, que é causada pela estagnação, o que é normal, por causa do tempo.

Os grandes estão na soja, no milho, no algodão e no boi. Os pequenos estão por sua conta e risco. A Emater está enfraquecida no estado, cobre apenas em torno de 20% dos municípios. E está muito ruim a assistência técnica em Rondônia.

A gente precisa desse modelo de fomentar, organizar primeiro a agricultura familiar para produzir em escala e criar o sentimento cultural e de conhecimento do que seja o cooperativismo pra valer. Copiar os modelos de sucesso em Rondônia, tais como as cooperativas de crédito. Isso pode se estender também ao cooperativismo produtivo.

Diversificar um pouco a produção, criar carneiros, produzir carne, plantar mais café, cacau, e buscar a eficiência da produção leiteira. Isso tudo é importante. Através desses itens bem organizados, a gente torna a movimentar dinheiro na agricultura familiar, a enriquecer o pequeno produtor.

Do outro lado, temos as agroindústrias. Eu comecei com as agroindústrias no meu governo e o setor ficou desamparado. É preciso reabilitar as agroindústrias. Essa é a porta de entrada para o empreendedorismo moderno, para a expansão. Começa pequeno e vai crescendo, gerando o próprio emprego, o autoemprego. Isso é fundamental.

Produzir comida, produzir uma série de outros produtos culturais, que são indispensáveis também para a riqueza do que nós chamamos de economia produtiva e economia criativa.

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