É um desafio e tanto para o Brasil, o de recuperar os dois anos perdidos pela pandemia, com escolas fechadas e ensino remoto bem dificultoso para milhares de alunos. Francamente, não sei falar para vocês por onde começar. Mas, como se diz, é começar começando. Pegando a onça pela orelha mesmo.
O bom mesmo é que não temos que ficar por aí, procurando culpados para nossa desgraceira educacional. E muito menos, jogar a bola sempre para os outros, governo federal empurrando para os estaduais e estes para os municipais. Nada disto.
Iniciar a recuperação pelos municípios não será tarefa fácil, embora, o ensino fundamental seja competência deles. É de se entender que maioria dos nossos prefeitos, embora, possam falar que educação seja prioridade, não tem ideia formada de como tocar pra frente esta prioridade. Justamente, por serem gestores que vêm de várias atividades profissionais e muitos deles não têm dimensão da importância da educação e como fazer para que seus alunos possam aprender adequadamente.
E termina que cada ente fica no jogo do empurra.
O que espero é que a pandemia seja encarada como uma verdadeira guerra mundial, que deixou o mundo destroçado, como uma verdadeira praga do Egito. E o que nos resta é trabalhar pela recuperação do nosso país (países). O melhor caminho para nós brasileiros é o compartilhamento, as mãos estendidas. Tendo o Ministério da Educação esta imensa responsabilidade de coordenar a grande marcha da recuperação da qualidade da educação básica e média.
Recuperar o aluno que tenha esquecido o que aprendeu, que aprendeu pouco ou que nunca tenha aprendido nada – é um trabalho árduo e devoto de professores, secretários, prefeitos, de separar um por um e dar a estes grupos segmentados (da mesma turma) um atendimento diferenciado. Buscando combater a desigualdade de conhecimento no mesmo ano escolar. Dando mais a quem sabe menos.