Ou muda agora, ou não mudará nunca mais. Porque a pandemia pede urgência. Urgência em quase tudo. Até parece que ela veio, justamente, para fazer um paredão civilizatório. Os meninos do ensino médio, em grande parte, desistem de estudar. Eles não veem sentido em decoreba. Aulas ridículas, com quadro-negro e giz.
A opção do menino é sair da escola. Para vadiar na rua. Ou para arrumar trabalho para ajudar a família ou para ter dinheiro para um lanche com a namorada. De agora em diante, depois desta revolução sem balas, que é a pandemia, que representa tudo para a mudança, o ENSINO MÉDIO no Brasil deve se voltar mais para a prática do que para a teoria imprestável.
O importante mesmo é preparar o jovem para o trabalho.
Deixar para ele, nas escolas, as alternativas, e mesclar uma mão cheia de teoria com um balaio de aulas práticas. O aluno deve pegar com suas mãos e fazer uma ação prática. E ir repetindo. Porque é a força da repetição, no mesmo ofício, que dá a habilidade e a maturidade na profissão.
Eu deixei no Estado de Rondônia boas sementes para tudo isto acontecer. O Instituto de Desenvolvimento da Educação Profissional (IDEP) está devidamente composto. E tem dinheiro. O Centro Técnico Abaitará em Pimenta Bueno, para formação de técnicos, está completamente em condições de fazer um extraordinário trabalho. Assim como em Rondônia, muita coisa pode ser feita e ampliada. Só basta coragem. Ousadia. E vontade para fazer. Romper com a inércia que sempre nos afundou.