Ainda adolescente, 1964, foi implantado no Brasil uma ditadura de 21 anos, chamada de “revolução”. E a coisa foi arrochando, como uma bigorna do ferreiro. A causa dela foi o medo do Presidente João Goulart, instalar no país o comunismo. O discurso extremista é sempre o mesmo.
No Senado havia a figura do “senador biônico” nomeado por decreto. Na Câmara o pau quebrava todo dia. Ninguém podia criticar o ditador de plantão. Descia da tribuna, cassado, preso e exilado. Havia censura de música, de poesia e livro. Havia censura de programa de rádio e TV. Artistas (muitos) foram exilados, cientistas, professores, políticos, jornalistas. Até JK pegou exílio. Tudo feito para “consertar” o Brasil. 
A verdade absoluta é que não consertou nada. Os milicos escolhidos para governar não sabiam governar. Mas, especializaram no ofício de torturadores. Quem ainda não assistiu ao filme “Ainda Estou Aqui”, assistam! Uma boa amostra dos tempos de chumbo. Parece que ficou uma saudade oculta deste tempo, na atualidade, quando vejo tanta gente pedindo intervenção militar para salvar o Brasil. Importante ler a história, para que não se repita.
Getúlio Vargas também fez o mesmo. Lá atrás, na Proclamação da República, 1889, com Deodoro e Floriano tivemos a introdução do modelo nefasto. Há tanta literatura disponível sobre experiências antidemocráticas, basta ler. Poderia aqui, tecer rosários de casos tenebrosos deste período, mas, vou ficar por aqui.
Fotos: Acervo Nacional.