“Nada é mais poderoso do que uma ideia que chegou no tempo certo” (Vítor Hugo).
É o que aconteceu com o assassinato de George Floyd no dia 25 de maio passado nos Estados Unidos. Foi tão chocante, que movimentou o mundo com indignação incrível. E foi se juntando à luta contra o racismo e o preconceito, e com tantos outros motivos – visíveis e invisíveis, mas sentidos e acumulados.
E que, neste momento, tem se expressado em países do Ocidente e do Oriente, como um efeito estopim de pólvora. Anos de “silêncios” acumulados, vozes presas nas gargantas, que estavam esperando o tempo certo, para riscar o palito de fósforo e acender as multidões.
E sempre foi assim. E sempre será assim.
Eu vi com imensa alegria os movimentos de rua. Fiquei muito feliz, aqui dentro de mim. Estou aplaudindo. Vendo multidões de jovens nas ruas, vestidos de preto, empunhando braços, gritando palavras de ordem, fortes, emocionadas, sentidas, ahhhh! Que momento certo, que momento mais certo, incrivelmente oportuno.
O coronavírus escrevendo no céu que o homem não é nada, que será preciso refundar valores, ética e princípios. Que deveremos aproveitar este momento para reformar nossos velhos hábitos, nossas injustiças rotineiras, nossos maus costumes, tidos como aparentemente normais e que não são normais.
Precisou de George Floyd morrer, precisou de o vírus atacar para o despertamento do homem, representado pela juventude maravilhosa! Como sempre, a juventude que se expõe, corajosa, irreverente para deixar o recado: – chega de racismo!!!
Chega de tanta desigualdade!!!
Chega de tanta injustiça!!!
Chega de massacre dos ricos contra os pobres!!!
E assim, eu espero que venham as mudanças necessárias, que estão escritas nos gritos dos aflitos! E aqui no Brasil, que a democracia seja fortalecida, e a educação se torne de qualidade, já que isso é necessidade e tem que ser prioridade. E que todos os motivos escritos em cartazes, grandes, pequenos, e os não escritos sirvam para nos orientar para um futuro melhor.
“A ideia chegou no tempo certo”.