Globalização é um imperativo humano

Globalização é um imperativo humano

Faz um bom tempo, estava na Universidade do Texas, Estados Unidos, em visita oficial, e ouvi de uma decana que ela, quando, por sorte, conheceu o Brasil, esteve em audiência com o Presidente Castelo Branco, em nossos anos de chumbo.

O nome dela não me lembro. Entramos na conversa sobre globalização. Ela disse-me que a globalização não seria, apenas, do capital. Que as coisas vão e vêm de um lugar para o outro, num simples clique no computador. Que o dinheiro voa. E que, sim, a globalização só seria completa quando houvesse abertura nos países para os migrantes refugiados, perseguidos de toda sorte, que, em busca da paz, pudessem ser recebidos em outros países para efetivamente trabalharem.

Ela afirmou ainda que os serviços braçais do mundo rico só poderiam ser preenchidos pelo mundo pobre. Requião estava nessa comitiva. E, claro, não gostou da explanação. Ao mundo pobre caberia a tarefa de limpar banheiros, lavar pratos, cortar gramas, carregar sacas de cimento; essas coisas todas.

Hoje, vejo que a globalização, como a professora expôs, não evoluiu. As fronteiras foram fechadas aos refugiados – e como tem refugiados no mundo! E as guerras continuam no mesmo ritmo do Império Romano.

Com isso, só vejo e sinto que a globalização deve ser perseguida, e ter uma forma aberta e solidária, com transferências de riquezas e experiências, afinal, nada mais é que uma estrada de mão dupla.

 

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