Esse negócio de ficar escrevendo no blog, não sei não, me parece mais uma mania boba, dessas que não leva a lugar nenhum. Acho que tudo isso vem de certa frustração por falta de talento para escrever um romance, bem escrito, boas narrativas, contar “causos”, ou até mesmo um certo caimento pela poesia.
Gostar de ler poesia é uma coisa. Fazer uma bela poesia é outra. Além do mais, dá um trabalho danado escrever baboseiras, deixar sua opinião aqui e ali. Creio que dá tanto trabalho quanto o de um talentoso escritor ou poeta também. O poeta nasce. Porque talento vem de dentro. Nasce e brota naturalmente.
Ele vai crescendo como uma planta. Faz tempo que vivo neste mundo de ilusão. Quem sabe, lá na frente, possa catalogar esse mundo de escritas (posts) e dar uma remexida neles, para organizar um livro ou deixar aí mesmo na Internet, na forma de podcasts e outros “casts” e demais pestes.
Deixar no universo, para ser lido por meia dúzia de amigos, que me dirão depois, ou quem sabe não dirão nada – “gostei”, até que ficou “bonzinho”. Bela consolação para o idiota que se julga o rei da cocada preta. Sem pessimismo nenhum mesmo – para essas tranqueiras tem um ótimo destino – a lata de lixo. Como a sepultura é o lugar comum para se decompor, como a vida é uma ilusão, vou continuar por aqui, me iludindo. E por que não me decompondo com minhas escritas?