O gosto pela política

O gosto pela política

Olha gente, não há uma origem de como eu entrei da política. Eu sempre trabalhei como médico da iniciativa privada. Sempre na politicagem tem aquele médico de interior que faz laqueadura, que faz consulta gratuita, eu não. Eu tocava minha clínica privada normalmente. Mas, como fui o médico pioneiro, eu e minha esposa Maria Alice, ficamos muito conhecidos na cidade, muito respeitados.

No passado o meu avô foi prefeito da cidadezinha onde nós nascemos, lá no estado de Tocantins, antigamente era Goiás, na década de 30. Meu pai foi vereador na década de 40. E o tempo foi passando e eu não tinha aquele gostinho pela política, porque eu nem sabia o que seria. Mas passei a ler muito sobre política.

Primeiro eu me inscrevi na editora da Universidade de Brasília (UnB) e recebia todos os livros. Toda a coleção de livros políticos que a editora publicava. Eu comprava e ia colecionando. Tinha uma base de 50 livros só sobre política. Eu li todos. Lia e relia, lia e relia. E aí, teoricamente, sabia bastante sobre política, sobre poder, sobre campanha, biografia de políticos ilustres, estadistas… então, eu lia muito. Fui criando esse gosto e fui entrando, sem pedir permissão, sem ninguém mandar. Foi tudo muito natural, tudo muito espontâneo

Perdi as duas primeiras eleições que disputei, aprendi muito, e agradeço pelas derrotas, francamente. As derrotas pra mim foram abençoadas, elas me ensinaram que a derrota existe. Isso é muito importante na política. Ninguém é soberano pra ganhar todas as eleições, ninguém é obrigado a votar em você porque você é careca ou bonito ou tem olho azul, não. Precisa ter um encanto, uma emoção, e só o tempo foi me ensinando tudo isso.

Então a minha história política foi assim, naturalmente acontecida. Não teve empurrão. Eu passei a participar, me filiei do início dos anos 80 no MDB e nunca mudei de partido. O pessoal fala; ah, por que você não vai para o PL? Por que você não vai para a União do Brasil, porque você não vai para o Progressista? Francamente gente, eu não sei ser de outro partido, eu só sei ser do MDB.

Certo ou errado deixa comigo o meu erro. Eu só sei ser do MDB e acabou a conversa. Estou feliz e exercendo ainda o mandato. Ainda faltam dois anos e meio para eu terminar esse mandato de senador e estou satisfeito e agradecido pelo reconhecimento do povo do estado de Rondônia à minha pessoa.

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