As queimadas de agosto, no passado, eram normais, para fazer a limpeza das ervas daninhas nos ermos gerais. Depois que se viu, pela ciência que as queimadas são prejudiciais em todos os sentidos, passou a se fazer a prevenção delas, a deixar a matéria orgânica se incorporar ao solo. O mundo atual mediu as consequências ambientais e humanas das queimadas.
A pandemia já é um enorme drama humano. Inesperado. O meio ambiente protegido deverá sair mais forte depois dela.
As queimadas e o desmatamento da Amazônia, com a desconstrução dos controles ambientais, mostram um governo na contramão do mundo e da história. O atual governo fez do Brasil um pária do investimento internacional.
Uma coisa é a recuperação cíclica que sempre acontece, até porque não há recessão que dure para sempre; outra coisa é a mudança estrutural no patamar de crescimento. Para sair de forma sustentada do patamar de 1% a 2% ao ano, temos de abrir a economia, fazer uma reforma administrativa para dar eficiência à máquina pública, privatizar para valer, aprovar a reforma tributária e melhorar o aprendizado nas escolas públicas. Nada disso avançou. Com o fim do bônus demográfico, temos de aumentar a produtividade para crescer.