As imagens dessas fotos mostram a tragédia da seca no Rio Madeira. Mas não é só o Rio Madeira que está nessa situação. Muitos outros rios caudalosos da Amazônia estão na mesma circunstância. Os que mais sofrem são aqueles que mais preservam, que são as populações ribeirinhas. O nome já fala – ribeirinhos, ribeirinhos de margens. Eles estão ali na beira dos rios caudalosos e não têm água boa para beber.
Com a seca dos rios fica ainda mais difícil. Vocês estão vendo as pessoas carregando galões de água na cabeça, nas costas. Um sacrifício extraordinário! E assim vai. Isso é o fruto dos desmandos, das inconsequências do próprio homem. O homem faz mal à natureza, desmatando, queimando, poluindo, e, em troca, a natureza não fica impassível. Ela reage. Ela reage com uma força muito grande.
Você já viu algo, alguma coisa igual às enchentes do Rio Grande do Sul? Isso é um começo. E esse fogaréu no Brasil, que atinge 60% do território nacional. Será que isso tudo é natural? Será que isso tudo veio, assim, por geração espontânea? Ou esse fogo é criminoso, em grande parte? Então, a gente verifica. Constata que o homem é mau.
Ele faz mal à natureza e ele atinge a si próprio. Ele também respira mal. Ele também tem as alergias, ele também tem as lesões de pele. Eles também morrem queimados, como os animais, como as aves, como as árvores.
Então, meu povo brasileiro, povo do mundo inteiro, o que nos acalenta, o que nós necessitamos, é de uma consciência ambiental. Ou nós tomamos a consciência ou a humanidade estará ameaçada. Essa é a grande realidade.