Eu coloquei esse título aí de Secretaria da Paz, porque quando eu fui governador, junto com o senador Valdir Raupp e a deputada federal Maria Raupp e mais outras pessoas fomos visitar uma experiência do estado de Alagoas, que era justamente a Secretaria de Estado de Promoção da paz, criada lá pelo então governador Teotônio Vilela Filho. Certo é que a Secretaria da Paz tinha o objetivo de atender os dependentes químicos ou com álcool e drogas que ficavam pelas ruas perambulando, como os sem teto.
Com isso nós faríamos convênios com as unidades terapêuticas. Realmente, as igrejas fazem esse trabalho normalmente com a evangelização e tratamento dos dependentes químicos. Mas sempre dependendo da caridade dos outros, e os governos ficavam de longe, só olhando, ninguém fazia nada. E nós resolvemos copiar o estado de Alagoas.
Criamos a Secretaria da Paz, depois ela foi extinta porque precisava fazer alguns ajustes, mas ficou a doutrina de fazer os convênios com unidades terapêuticas e ajudar pastores, aquelas pessoas de boa vontade que criam essas entidades e precisam de dinheiro para custear. E o estado seria parceiro.
Hoje a gente vê São Paulo, a gente vê o Brasil todo cheio de pessoas na rua, abandonados. Dependentes químicos, doentes dentais, que precisam desse aconchego, desse apoio psicológico, desse convencimento, do alimento, do banho, enfim, desse apoio.
Eu acho que os governos têm que participar desse trabalho. Lá em São Paulo o padre Júlio Lancelotti é um missionário dos moradores de rua. Acho muito importante. E ainda não se tem uma solução pronta e acabada, não tem a bala de prata para resolver o problema dos moradores de rua e dos dependentes químicos, mas o estado não pode virar as costas pra eles.