Pois é, sou do tempo do “onça”, com muito orgulho. E puxado por emoções, que por muito, me enchem os olhos de lágrimas. No domingo, dia 10 de julho de 2022, agarrado ao Globo Rural, viajei no tempo, quando mineiros de Cordisburgo-MG, cidade Natal do escritor João Guimarães Rosa, se orgulham dele, e, do seu jeito, cada qual, borda ou declama o Sertão.
Eu sou sertanejo, o sertão é o mesmo, tanto o de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, até mesmo de um pedaço de São Paulo. Eu vivi nos “gerais” na infância e adolescência. Sou mais ele, o antigo, do que o de hoje. Ver-se nele é como ser um buritizal, a mina d’água conversante, bandos de araras cantando prosa, emas saltando moitas, o capim “provisório” entremeando a pauzeira torta de significado. Nem de longe comparo o que foi e o que é o sertão de hoje. Nem de longe.
Pode ser por apego ou a saudade do antigamente, coisa de entendimento dos velhos. Hoje é a monocromia de uma visão que cansa, do plantio uniforme, o homem pode dizer que está tudo melhor, eu, por mim, discordo, por exemplo, cadê o poço de água fria, que se pulava dentro, fazia o corpo estrebuchar e depois se vestia de um contentamento? Cadê a alegria do Sertão de Rosa?