Agora, chegou a hora. O mundo viu pouco o outro lado da moeda. Aquele que temos que INVESTIR em sustentabilidade, ou melhor dizendo, em DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. Eu vou falar aqui o que sempre pensei, falei e fiz.
Donos de florestas em pé ganharão mais dinheiro em manter rios limpos, nascentes vivas, mata virgem; integrando índios, ribeirinhos, extrativismo dentro de um conceito novo, que todos devem e merecem viver, com direitos garantidos e recebendo bonificações pelos serviços ambientais prestados.
Virão títulos, fundos nacionais e internacionais para esses investimentos verdes. Tudo monetizado. Dinheiro mesmo. Quem tiver floresta em pé, ganhará mais que a criação de boi, mais que o plantio de soja, algodão ou milho na mesma área. Quem viver verá. Os títulos vêm de medições cientificas, de indicadores que envolvam meio ambiente preservado, condições sociais, econômicas das comunidades que, tradicionalmente, são pobres e excluídas. Todos os chamados “homens da floresta” têm direitos iguais à Internet, computadores, celulares, educação de qualidade e assistência à saúde.
O Governo brasileiro reconheceu a prestação de serviços de conservação das florestas nativas (CNAE 0220-9/06). Florestas inventariadas, medidas e certificadas por protocolos internacionais. Dá trabalho. Demora. Mas está chegando a hora de ganhar dinheiro com suas florestas. Esses papéis ou títulos possuem natureza jurídica de direito como bem intangível, puro, transacionável e transferível. É um plano de negócio. Objetivo – desenvolvimento sustentável. Há lei que ampara (lei n. 12.651/2012). O valor dos “papéis” tem como base a tonelagem de carbono estocada. Medida e certificada.
Tudo dá trabalho. Até que se descubra o “Caminho das Índias”. Depois fica fácil. Importante é colocar o valor na floresta em pé. Nessa atividade não há caminho para enrolação, e nem para quebrar galho, até porque, claro, para trabalhar com dinheiro dos fundos verdes internacionais tem-se rigorosas exigências. E tudo é fiscalizado e auditado por instituições independentes.
Com esses títulos, pode-se comprar e pagar muitas coisas, porque são moedas verdes. Há dois projetos de lei tramitando no Congresso Nacional – PL 5173, do Senador Álvaro Dias; PL 7578/2018, do Deputado José Silva, SD/MG.
Esse é o admirável mundo novo. Posso até dizer-lhe: é o NOVO NORMAL.
Autores: Wagner Garcia e Confúcio Moura