A lucidez arrancada nas ruínas. Era para ser um simples passeio, para se preencher o espaço do dia. Índios com suas vestes festivas dançam em torno de um poste enfeitado, num ritual ancestral.
Há ritmo em Tulum.
Até mesmo do próprio pensamento. Que fica inquieto na busca de algum motivo para se ver as ruínas maias. E fazer uma viagem civilizatória, de milhares anos, onde estes povos estavam.
Desapareceram por completo, a causa não tenho. Ficaram ermas suas cidades, engolidas pelas florestas, trincada suas pedras pelas raízes, tingidas suas paredes pelo fosco da nova integração. A natureza engoliu a cidade.
A cidade lógica de palácios, oratórios, ofertórios, cemitérios, reservatórios, depósito de alimentos, observatórios de corpos celestiais e do próprio tempo, ainda há vida sentida em seus escombros.
Emerge este exemplar de Tulum.
A cidade soberba, une sabedoria das humanidades com a matemática dos seus ângulos e tangentes. Ali há uma aparente descrença do hoje com o ontem. Há necessidades se ter fé no conhecimento ancestral.
Tem-se uma projeção da vista da cidade perdida espelhada nas águas. É uma mística impressão que a vida passa, mas, demonstra que a sabedoria e o conhecimento sempre existiram.
Os maias não são criações contemporâneas para um turismo de excursões, para impressionar ninguém, mas, a renascença de nós mesmos por outras formas.