No cerrado brasileiro, que ninguém dava o menor valor, por terras improdutivos, arenosas, longínquas, sertão profundo, veredas e bichos. Entrou a EMBRAPA com pesquisas, chegou gente do ramo e hoje, o cerrado é o celeiro do Brasil.
Vamos deixar o cerrado como está e como pode prosperar ainda mais. No entanto, quem puxa a imagem do Brasil para baixo é a Amazônia, com a sua pobreza, desmatamento e criminalidade. Se as políticas públicas continuarem do mesmo jeito, a Amazônia continuará ser a vilã da história e o Brasil padecer como criminoso ambiental.
Precisamos de uma “EMBRAPA” para a Amazônia. Como foi indispensável a EMBRAPA para os cerrados. Uma entidade, com outro nome, mas, equivalente em pesquisadores, dinheiro e propósitos, para dar uma cambalhota no modelo atual, comprovadamente, falido.
O CBA (Centro de Biotecnologia da Amazônia), em Manaus, poderia ser este agente de mudança. Foi criado, construído, equipado e fracassado. Parado, como se não existisse. A riqueza da floresta está lá. A riqueza dos rios está lá. A biodiversidade está lá.
Pegar isto tudo e fazer rolar a nova máquina da riqueza diversa, que é a bioeconomia, biotecnologia – claro, que junto com mais propósitos inadiáveis- a educação de qualidade para o Norte e formação de mão de obra. Há profissionais e pesquisadores na Amazônia para este novo desafio, de um verdadeiro desenvolvimento sustentável e extraordinário.