Todo mundo enche o peito e diz : eu moro em Ariquemes, com muito orgulho. E conheço a minha cidade. Este negócio de morar na cidade e dizer que a conhece, não é bem assim. Até que, se fosse dito por mototaxista ou taxista, daria para acreditar.
Tem gente que nasce na cidade. Anda na mesma rua. Duas ou três ruas pra cima e pra baixo. Cresce. Casa. E sabe da feira. Da prefeitura. Da Caixa Econômica e do Banco do Brasil, para tirar algum dinheiro. Sabe muito bem o endereço da lotérica. Do hospital do Governo. Do mercado. Postinho de saúde. E é isto.
Agora, vou mostrar para aos ariquemenses uma foto. E eu vou dar um pote de sorvete de buriti, de murici, tigelada de açaí, bacuri – qualquer coisa do seu ardente desejo de boca.
Uma foto de uma construção nova, que você ainda não conhece e não tem a menor ideia de onde esteja construída. Olhe a foto. Repare bem. Este prédio lindo, projeto e iniciativa do meu governo, que se foi, será o Núcleo de Criminalística da cidade, estande de tiro e necrotério. O antigo, feito pela maçonaria e doado ao Estado, venceu o prazo de validade. Olhe a foto. Parece necrotério? Parece núcleo de criminalística? Onde ele fica em sua querida