O tempo vai passando. E o coronavírus montado em nossa sela. Manobrando o nosso bridão para direita e para esquerda. E mete a espora. O país vai campeando protocolos. Um copiando do outro. Por alguns dias atenua o ímpeto demolidor do “corona”. À frente, ele volteia, dá cabriolas no ar, feito bode.
Os hospitais de campanha estão perdendo a serventia. Fechando em alguns Estados. Serviu para atenuar o nosso medo. Nestes seis meses os médicos aprenderam muito a enfrentar a COVID-19. Foram se ajustando ao cipoal de sintomas e sinais. A heparinização entrou no acervo medicamentoso. A cloroquina, mesmo sem comprovação, tem sido usada.
Os profissionais de saúde, mais do que nunca, estão em alto nível. Milhares adoeceram. Centenas morreram. Mas não arredaram o pé. Um patriotismo digno de nota. Gente valente. Gente que gosta de gente.
De resto sobrou o medo. Ele nunca foi embora. Mesmo aqueles que vão às festas. E se expõem, como que desafiando o risco. Parece que o risco exerce fascínio sobre as pessoas. Enquanto isso, tudo ocorre, as pessoas estão comendo mais. O pacote de arroz vai embora, incrivelmente rápido. O pessoal soltando os botões das roupas. As moças estão se esbaldando na moda, combinando a cor da máscara com as unhas, com as blusas, com as saias. Estamos nos “arabizando”.
No mais, são chás caseiros, as vitaminas de todos os complexos, apegar-se às crenças, fugir um pouco dos noticiários para não enlouquecer.