Vou encerrar por aqui, a minha série: “O salto no escuro (uma história da pandemia COVID-19)”. Foram 41 capítulos. Acho que está bom. Só voltarei ao tema, quando a vacina chegar. Aí, sim, escreverei o capítulo 43.
Estou lendo dois livros ao mesmo tempo. Canso de um, passo para o outro. Sol Artificial, de L.P. Zooey e Triste Fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto. Argentino e brasileiro, distantes por cem anos (aproximados).
É sempre assim, cada um inventando coisas para fazer. No meio desta pandemia, até parece que estou, de novo, no centro cirúrgico. E muita gente, do mesmo jeito, no centro cirúrgico, com máscaras. Até com viseiras de proteção facial. E a vacina?
Ahhhh! Que ano!!! Paulo Hartung escreveu um artigo no início do mês, “2020, o ano que não termina”. Sou fã do P.H.. Ele já foi quase tudo na política. Uma experiência incrível. Como gostaria de vê-lo na Presidência da República. Ele disse: “Desafios desta dúzia de meses atormentados ecoarão firmemente no correr dos dias de 2021”.
Francamente, não posso dizer, quanto foi e será o prejuízo econômico e social (aqui no Brasil), com as escolas fechadas. Com milhares de crianças que se evadiram mesmo da sala de aula, e que não voltarão mais. Que coisa, hein?
Não posso dizer crime, que já era crime, sempre foi crime, não se ter priorizado a educação como fator de desenvolvimento. Isto tudo, desde o ano de 1500. Brasil ondulado, que sobe e desce, aos solavancos. E tem outro crime, o geracional.
Quem cuidará do nosso país no futuro? E este mundo de desvalidos que temos por aqui, sem perspectiva de ascensão social, porque os degraus da escadaria foram retirados? Vamos tocar pra frente. Vamos tocar pra frente. Vamos!