A China comemora com festa os 100 anos do partido Comunista. Sobrou, hoje, para partidos políticos que tenham alguma (mesmo que pouca) admiração pelo socialismo, uma videoconferência ou “live” para o mundo. Na abertura, o líder máximo do PC chinês, Xi Jinping, falou para todos, com tradução simultânea, em todos os idiomas, a mensagem da China para o mundo.
Ninguém prosperará sozinho. Cada vez mais a necessidade de países compartilhados, para que a humanidade seja mais próspera. O povo é o criador da história. Os partidos não podem deixar ninguém na rua, e que os partidos políticos tenham uma união mais estreita e realista. Com estas e outras mensagens transcorreu o evento. Eu participei representando o MDB.
Depois do evento fiquei pensando, como é que um país tão grande, populoso, em algumas décadas reagiu tão bravamente, saindo do estado de miséria geral, fome e morte, para uma das maiores potências econômicas do planeta? Como?
Foram os planos, as estratégias fundamentadas em políticas de Estado, os ritos seguidos fielmente, como Confúcio, o grande mestre chinês, deixou marcado na vida do povo chinês. Para tudo acontecer, as reformas radicais conciliando o comunismo, em si falido, para um regime de partido único, mas, com abertura econômica escancarada, investimentos maciços em infraestrutura e muito trabalho.
É assim que tem que ser. Pegar o Estado falido e definir os rumos a serem seguidos. Enquanto tivermos por aqui um Estado patrimonialista, em que poucos são os beneficiados e a maioria completamente excluída, não seremos um país nem do presente e nem do futuro. Para que tudo possa acontecer e melhorar, há necessidade de coragem. Para enfrentar os privilégios escancarados que temos por aqui – as corporações poderosas e retrógradas.
Eu vi o mundo nesta “live” e a reverência de todos os países em reconhecer o poder chinês. Claro, que tudo isto, teve o “cara” para deflagrar a transformação – que foi Deng Xiaoping.
Este artigo foi escrito em 06 de julho de 2021.