Todos nós estamos vendo todo dia pela televisão os desastres naturais ou desastres por chuva demais, com enchentes, com desabamento de encostas derrubando e matando gente em casa, soterrando pessoas, provocando tragédias, mortes e acidentes. Da mesma forma a chuva de menos, com as secas.
Você viu aí esse ano, primeiro a perda das safras, as pessoas mudando de região, perdendo tudo que tem, morrendo o gado, morrendo os animais. Então, todo esse desajuste, chuva demais e chuva de menos sempre existiu. Mas por último, nos últimos tempos tem agravado mais essa situação.
A gente vê nas cidades grandes, chuva invade a cidade, arrasta carros, pega gente, joga nos bueiros, pessoas morrem e não são nem localizadas. Então, a situação é essa, a gente tem que pensar, pensar bastante nas engenharias das cidades, no combate à exclusão, as moradias em encostas. Temos que fazer a prevenção, dar um jeito de sobrar dinheiro. De tirar esse povo dessa situação, lá em cima, desses morros, dessas encostas perigosas, das beiras de rios que inundam quase sempre, para lugares mais seguros.
Esse é um trabalho de planejamento urbano, necessário, e essa campanha política desse ano, bem que poderia os vereadores, os prefeitos, todos eles, começarem a pensar nisso, na proteção da população mais pobre. Há uma injustiça social, muito grande, uma injustiça climática jogando a pobreza para esses lugares de risco.