A Escola Família Agrícola é um modelo de escola diferente, ela foi originada da França, criada lá pelos padres francês e um deles veio para o Brasil e implantou a primeira escola família agrícola chamada de EFA, no Espírito Santo. Hoje em dia as escolas famílias agrícolas estão esparramadas no Brasil quase todo. São escolas diferentes. Elas não são ligadas diretamente à Secretaria de Educação e aos governos.
Elas são escolas das comunidades. As famílias se organizam e normalmente o professor local ensina os meninos daquela comunidade de assentamentos rurais nos municípios distantes e elas são mantidas, a princípio, com as doações dos pais.
O aluno fica quinze dias na escola assistindo aulas teóricas, leva a sua roupa, seu travesseiro, seu lençol, seu cobertor, leva sua pasta de dente, seu sabonete, leva o saco de arroz, o feijão, leva tudo puder levar para ser mantido durante quinze dias. Lá eles plantam hortas, fazem os serviços e aprende as técnicas sustentáveis de cultivo de agricultura, sem uso de venenos ou de pesticida de um modo geral.
Com o tempo as escolas foram fazendo convênio com as prefeituras, mas elas são dirigidas de maneira autônoma. Quando eu fui deputado na década de 90, nós já montamos uma frente parlamentar de apoio às escolas famílias agrícolas.
Quando eu fui governador, mandei uma lei para a Assembleia me autorizando a fazer convênios com as escolas família agrícola passando um dinheiro por dobro de alunos de cada uma delas. Eu espero que continue, né? Eu não sou mais Governador, mas eu espero que esteja continuando esse trabalho aqui no estado de Rondônia.
Eu sou um fã das escolas famílias agrícolas, da chamada pedagogia da terra.