Vou ficar torcendo. Agora e sempre. Para que a ponte seja construída em três anos. E que não fique suspensa sobre o Rio Mamoré, apenas, conectando margens do rio, como um braço de amor entre povos. A ponte não terá idioma, será a ponte do mundo, suspensa, estaiada, luminosa.
O que ela fará de bom? Agora, vou delirar, ver coisas que não são vistas, vou me alucinar imaginando cenários coloridos, como novos eixos de ligação, uma nova rodovia asfaltada, ligando Ariquemes à Nova Mamoré – e do lado boliviano outro trecho que precisa de pavimento para depois subir os Andes e descer aos portos do Pacífico.

Carretas enfileiradas, novas oficinas, escritórios, armazéns, hotéis, gente tirando foto, atravessando de um lado pra outro. Comprando e vendendo. A ponte é a ligação sonhada, o compromisso assumido pelo Brasil, ela concretizará o que se registrou nos livros de Luiz TOURINHO e Miguel de Souza, a ponte há de significar movimento, a riqueza brasileira mais perto da China.
Ela não pode ficar erguida e majestosa, ligando o nada a coisa nenhuma. Ficarei de cá com o binóculo olhando pra ela, depois eu troco por óculos 3 D, para que o futuro chegue logo colorido e triunfante.
