Está aqui um assunto que muita gente adora palpitar, como eu, que fico me metendo num tema tão complicado como é economia. Se prever crescimento econômico ou recessão fosse tarefa fácil, os economistas teriam, na ponta da língua, as soluções. Mas não têm. Inclusive, eles mesmos, entre si, divergem uns dos outros com estes indicadores infinitos.
Do livro de Thomas Piketty (O Capital no Século XXI) eu consegui memorizar alguma coisa. Que depois das grandes guerras vieram fases boas de crescimento econômico e redução das desigualdades sociais, significando que o capital só é atingido pela bala. Após a destruição geral deixada pelas guerras, os bilionários são atingidos na veia, perdem fortunas e renascem os novos ricos. É o chamado “sonho americano”, que aconteceu depois da segunda guerra mundial até os anos 60.
Eu considero esta pandemia do coronavírus uma verdadeira grande guerra mundial. Estamos vivendo o topo da desigualdade social no mundo. Pobre é mais pobre, rico é mais rico. Eu espero que de agora em diante a humanidade se movimente, no sentido de promover uma melhor e mais justa distribuição da riqueza entre as pessoas.
Só tem uma coisa, isto não acontecerá naturalmente por benemerência de nenhum bilionário, mas sim pela insurgência das massas, que deverão ocupar as ruas e, pelo bem ou pelo mal, para que a justiça seja feita e que daí surjam modelos admiráveis de parcerias púbico- privadas, incremento da alta tecnologia para todos, agronegócio cada vez mais pujante e com respeito à natureza, aumento da produção de energias limpas e uma indústria 4.0. E que o artigo sexto da nossa Constituição não seja letra morta – direitos sociais para todos. Enfim, mais emprego e mais renda para todos.